segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Justiça manda Ronaldinho reparar dano ambiental de casa

A Justiça do Rio Grande do Sul mandou o atacante Ronaldinho Gaúcho, do Flamengo, reparar supostos danos ambientais resultantes da construção de uma casa em Porto Alegre.

De acordo com o Ministério Público, um trapiche de 142 metros e uma plataforma para pesca foram erguidos dentro de um lago sem as devidas licenças ambientais.

Também afirma que um córrego foi canalizado indevidamente e que pode ter havido corte ilegal de vegetação. A área, diz a ação, é de preservação permanente.

O irmão e empresário Roberto Assis também consta como réu na ação.

As supostas irregularidades na construção foram cometidas a partir de 2009. Segundo a Promotoria, os responsáveis foram avisados dos problemas ambientais e mesmo assim levaram adiante a obra. A propriedade fica na área que era de um clube de tênis da cidade.

Na liminar em que determina a remoção do trapiche, o juiz Mauro Caum Gonçalves afirma que tudo foi construído “por mero capricho dos réus”. Gonçalves determinou a demolição da plataforma e da canalização do córrego em até 30 dias.

Ele estipulou uma multa de R$ 10 mil por dia na decisão, caso as medidas não sejam tomadas, e justificou afirmando que é “amplamente divulgado na mídia o alto valor” recebido por Ronaldinho nos clubes em que atuou. A liminar foi expedida no último dia 10, mas só foi divulgada nesta segunda-feira (23).

Procurado pela Folha, o advogado da família Assis disse desconhecer o processo. Ronaldinho está na Bolívia, onde o Flamengo vai enfrentar o Real Potosí pela Pré-Libertadores na quarta-feira.

Dentro de campo, o jogador passa por um momento turbulento. Primeiro está para receber mais de R$ 3 milhões do clube carioca e ainda entrou em conflito com o técnico Vanderlei Luxemburgo.

Não é a primeira vez que um empreendimento do jogador é alvo de questionamentos por problemas ambientais em Porto Alegre. Em 2008, o Instituto Ronaldinho Gaúcho, que atendia crianças carentes, teve que compensar o município devido ao corte irregular de vegetação.

No fim do ano passado, vereadores tentaram criar uma CPI em Porto Alegre para investigar supostas irregularidades em convênios entre o instituto e o município.

 (Fonte: Felipe Bachtold/ Folha.com)

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