sábado, 28 de junho de 2014

Melhor a vida a dois (Pau­lo Pi­nhei­ro)




No famoso sermão do Monte, junto à praia da Galiléia, Jesus contou a parábola dos Dois Fundamentos, citada em Mateus 7:24-27. O Mestre abordou sobre dois tipos de pessoas, os sábios e os imprudentes. O que diferencia um tipo do outro - na parábola - é a atitude deles para com a construção de uma casa. Um opta pelo alicerce na rocha; o outro prefere construir na areia. O sábio tem em vista a estabilidade; o imprudente, a comodidade. O que isso tem a ver com casamento?
A parábola de Jesus tem muito a ver com casamento, porque a felicidade de cada uma das pessoas casadas depende em grande medida do modo como estão atuando como construtores de sua "casa" ou casamento. Estão sendo sábias ou imprudentes? Qual tem sido o seu papel como operário na construção do casamento?
Nesse caso, a palavra casamento é mais apropriada do que família, porque os filhos crescem e vão embora, e somente o marido e a mulher permanecem (ou assim deveriam) até que a morte os separe.
Três dimensões da construção O que vai determinar o sucesso de um casal na construção de sua casa é a postura particular de cada um deles em relação ao que está no futuro, no presente, ou que ficou no passado.
Vejamos primeiramente o futuro. Pode-se ter três atitudes:
(1) A expectativa de que vai sair ganhando com o casamento. Essa posição pode gerar frustrações ou revolta contra o parceiro.
(2) A sensação de que vai sair perdendo. Quem tem essa expectativa em relação ao parceiro está mal, porque qualquer esforço ou empreendimento que realizar estará sempre acompanhado do sentimento de insegurança e fracasso.
(3) A disposição para doar. Quando entregamos alguma coisa de livre e espontânea vontade, sentimos a sensação de realização e felicidade. Esse é o modelo que o apóstolo Paulo encontrou em Cristo: "Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a Si mesmo Se entregou por ela" (Efésios 5:25).

Vejamos agora as posições que se pode tomar com as coisas do presente ou com aquilo que está acontecendo no dia-a-dia. Pode-se agir de duas maneiras, enquanto se constrói: realizar uma obra de competição ou de cooperação.
(1) A competição existe quando cada um dos dois quer demonstrar que sabe fazer melhor do que o outro; que erra menos ou que não erra. A competição gera rivalidade e quebra a harmonia daquilo que está sendo feito em conjunto. Imagine um casal pintando uma casa: enquanto um resolve passar na parede tinta azul, o outro sapeca o amarelo; um opta por colocar janelas de metal, e o outro compra as de madeira. A casa pode ficar composta de materiais de qualidade, mas corre o risco de perder em estética e beleza.
(2) Quando - em vez de competirem - existe cooperação, ambos passam a construir dentro dos mesmos parâmetros. A casa poderá até ficar simples, mas haverá dois fatores favoráveis: a harmonia e o sentimento de participação.

O terceiro tópico diz respeito à atitude que o casal tem para com as coisas que estão comprometidas com o passado. Um dia desses visitei a construção de um amigo e passamos primeiro pelas dependências internas; ele não disse nada. Mas do lado de fora, apontou para uma das paredes do exterior e disse: "Vou mandar derrubar o reboco e fazê-lo de novo." Aquele proprietário tinha duas posições em relação ao trabalho mal feito: esquecê-lo ou se dispor a reconstruir o reboco. As mesmas alternativas qualquer um de nós pode ter em relação às coisas do passado que não ficaram dentro dos padrões.
(1) Esquecer. Por mais que alguém se esforce, é quase impossível. Como no caso da construção que citamos, todas as vezes que um dos dois bater os olhos no "reboco" mal feito, vai lembrar da bobagem feita no passado.
(2) Reconstruir. Essa atitude pode ser caracterizada pelo verdadeiro sentimento do perdão. Assemelha-se à disposição honesta de derrubar o "reboco" mal feito e colocar um material novo no lugar do anterior. Isso sempre dá muito trabalho, mas existe felicidade no ato de reconstruir lado a lado com a pessoa que se ama o que não deu certo no passado.
Duas modalidades de solo Quando voltamos nossa visão para a parábola, observamos que Jesus também chama a atenção dos ouvintes para os fundamentos da casa. O imprudente constrói sobre a areia e o sábio sobre a rocha. E quando a tempestade sopra, a casa da areia desaba e a da rocha permanece. O Mestre ensinou que não devemos confundir felicidade com a falsa sensação de bem-estar.
Construir na areia é priorizar a comodidade ou todos os tipos de conforto que uma sociedade consumista tenta fazer as pessoas acreditar serem indispensáveis para a felicidade. A parábola adverte os casais sobre essa questão, mostrando que as coisas superficiais não resistem ao aguaceiro.
Construir na rocha é priorizar a estabilidade. O verdadeiro bem-estar está alicerçado no bom senso dos casais em relação ao futuro, ao presente e ao passado. Olhar para o futuro com responsabilidade e tendo disposição de entregar-se um ao outro é o primeiro passo de uma relação que tem tudo para durar. E, se por acaso alguma coisa não der certo, o segredo é perdoar e reconstruir com amor aquele pedaço "mal feito". Vale a pena preservar a harmonia e a beleza do casamento.

Fonte: http://amofamilia.com.br/portal/artigos_detalhe.asp?cod=2065&sessao=13&cod_site=10#.Uf_aw0rlXzt

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Justiça condena internautas por 'curtir' e compartilhar post no Facebook


Ao curtir ou compartilhar algo no Facebook o usuário mostra que concorda com aquilo que está ajudando a divulgar. Levando esse fato em consideração, o Tribunal de Justiça de São Paulo incluiu os replicadores de conteúdo em uma sentença, fazendo com que cada um seja condenado junto com quem criou a postagem.

O caso foi relatado nesta manhã pela colunista da Folha de S. Paulo Mônica Bergamo, segundo a qual a decisão, inédita, será recomendada como jurisprudência para ser aplicada sempre que uma situação semelhante surgir.

O processo em questão envolve um veterinário acusado injustamente de negligência ao tratar de uma cadela que seria castrada. Foi feita uma postagem sobre isso no Facebook e, mesmo sem comprovação de maus tratos, duas mulheres curtiram e compartilharam. Por isso, cada uma terá de pagar R$ 20 mil.

Relator do processo, o desembargador José Roberto Neves Amorim disse que "há responsabilidade dos que compartilham mensagens e dos que nelas opinam de forma ofensiva". Amorim comentou ainda que a rede social precisa "ser encarado com mais seriedade e não com o caráter informal que entendem as rés".

Fonte: http://olhardigital.uol.com.br/noticia/39175/39175

Clique aqui para ler o Acordão e aqui para ler a Sentença deste processo.

Publicado por Moema Fiuza
 http://moemafiuza.jusbrasil.com.br/noticias/125088557/justica-condena-internautas-por-curtir-e-compartilhar-post-no-facebook?utm_campaign=newsletter&utm_medium=email&utm_source=newsletter

Algo que mudou minha visão do casamento para sempre (Kilee Luthi)

Um dia ela acordou e viu que NÃO amava mais seu marido. Mas o que aconteceu depois é EMOCIONANTE e profundo e MUDOU TUDO para sempre!


  • Eu não tinha ideia em que estava me metendo antes de me casar. Quero dizer, como você pode realmente prever o que vai acontecer para o resto de sua vida quando você toma essa decisão? Parece que um dia eu era apenas a Kilee, uma menina que gostava de jogar basquete, pintar, namorar, e se divertir com os amigos. Então, no dia seguinte eu estava casada com o homem com quem eu deveria começar esta grande nova aventura - com quem eu deveria estar feliz para o resto da minha existência.
    Muitos dos que estão prestes a casar, acham que o casamento garante borboletas felizes e arco-íris. Talvez seja um exagero, mas nós definitivamente não antecipamos a vida após o casamento tão dura como ela realmente é. Há muitas razões para isso, sendo uma delas o fato de que agora você é parte de uma equipe e vocês têm que aprender a trabalhar juntos. Com uma equipe, as coisas são mais fáceis, certo?
    Definitivamente tivemos nossa parcela de provações desde que nos casamos. Temos enfrentado especificamente desafios terríveis entre nós, colocando um muro em nosso casamento.

    Um dia eu acordei e percebi que eu não amava mais meu marido

    Ele era apenas um estranho dormindo ao meu lado. Naquele momento, eu questionei tudo o que eu era e tudo o que eu tinha feito até aquele momento na minha vida. Esta percepção de que eu não poderia "estar apaixonada" pelo homem a quem eu tinha prometido a minha eternidade mudou a minha visão do casamento. Para sempre.
    Algumas pessoas chamam isso "desapaixonar." Eu não sei como chamá-lo. Desapaixonar-se parece muito repentino, quase como “BUM! - Eu não te amo mais”. Isso não aconteceu assim. Esta "queda" do nosso amor aconteceu de forma gradual até atingir a plena realidade naquela manhã. Foi o que aconteceu ao longo de desafios dolorosos. Aconteceu quando mentiras foram descobertas em nosso casamento. Aconteceu quando escolhas erradas nos afastaram um do outro. Foi o que aconteceu quando a nossa comunicação e intimidade emocional diminuiu.
    Quando eu acordei de manhã e percebi que eu não amava meu marido, eu não sabia o que fazer. Toda a minha vida, eu tinha jurado que eu nunca iria pedir o divórcio. "Nada poderia ser ruim o suficiente para justificar um divórcio.”, "Nós vamos ser capazes de sobrepujar qualquer coisa.” Isso foi realmente um tópico de discussão quando estávamos namorando, e nós concordamos que venceríamos qualquer coisa. Quando eu escolhi me casar, me dispus a suportar qualquer coisa. O que eu não me dispus foi a suportar qualquer coisa sem o amor me ajudando a enfrentar tudo.
    Quando eu percebi que eu não o amava, enfrentei uma grande decisão. Não nos esforçamos juntos? Ou eu desisti do que eu pensei que o casamento era - ou do que meu casamento tinha realmente se tornado - e abri mão de tudo?
    Depois de muita oração, escolhi que devíamos lidar com os problemas que ocorrem em nosso casamento. Eu escolhi ficar, e aprendi algumas belas lições:

    O amor é uma escolha

    Neste ponto eu achava que eu já sabia tudo sobre o amor. Temos que voltar ao tempo em que estávamos namorando. No entanto, eu aprendi que a sensação de borboletas no estômago que você tem quando está namorando / noivos / recém-casados, não dura para sempre. É o precursor de um profundo e ardente amor e paixão que deve ser resultado de uma escolha.
    Por um tempo, eu me lamentei sobre a minha falta de amor. Eu experimentei muitas emoções neste momento, e eu me sentia derrotada. Eu me permiti apenas não fazer nada sobre a dor que ocorria em minha vida, à espera que alguma coisa mudasse. O meu marido estava tentando mudar, e eu finalmente percebi que nada mudaria de minha parte se eu não fizesse algum esforço para amá-lo. O amor não voltaria por conta própria.
    Todos os dias, mesmo agora, eu conscientemente faço uma escolha: Eu escolho amar o meu marido. Quando eu sinto o amor vacilante, eu me pergunto por quê. Por que me sinto assim? O que está acontecendo comigo que cause isso? Se ele está fazendo escolhas que afetam a minha capacidade de amar, eu avalio suas ações e me pergunto o que está acontecendo em sua vida que iria levá-lo a agir nesses caminhos? Muito autoconhecimento e conscientização aconteceram durante este tempo.
    Então, já que eu escolhi ficar, eu escolho o amor. Eu faço coisas para servir a ele, para agradá-lo. À medida que eu o sirvo, eu me vejo mais amável e reacendendo o amor. A cada vez, ele volta com menos borboletas e mais profundidade.

    O casamento não é fácil. Doar-se a alguém totalmente não é fácil. O amor não é fácil

    Quando as coisas vão mal, parece que a saída é desistir. Render-se, no entanto, nem sempre é a resposta. Pelo menos, não era para mim naquele momento. E ainda não é agora.
    Às vezes, entretanto, não é errado desistir. Em alguns casos você tem que fazê-lo.
    Só porque eu escolhi não desistir, não significa que eu não saiba que eu poderia fazê-lo, se eu sentisse que era a coisa certa a fazer. Eu seria uma mentirosa se dissesse que não cogitei o divórcio. Antes de me casar, eu achava que o divórcio jamais seria uma opção. Agora eu sei que o divórcio é uma opção, e eu entendo as razões por que alguém escolhe esse caminho, especialmente quando o cônjuge já desistiu do casamento ou se o abuso está envolvido.
    Quando eu acordei e percebi que eu não amava mais meu marido, eu mudei. Essa mudança me ensinou três grandes lições: Eu sei que o amor é uma escolha. Eu sei como escolher o amor. E eu sei que às vezes você tem que sair da relação. Devido a esta experiência, eu mudei. Para sempre.
    Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger do original Things that changed my view of marriage forever.

    Kilee Luthi graduou-se pela Universidade Brigham Young University em Ciência da Educação para Família e Consumidor. Ela ama falar sobre o assunto Pais & Filhos, desenvolvimento infantil, relações humanas, nutrição é bem-estar, culinária e moda.

    Fonte: http://familia.com.br/algo-que-mudou-minha-visao-do-casamento-para-sempre

4 maneiras de restabelecer a intimidade em seu casamento ( Lynn Scoresby)

A falta de intimidade tornou-se a regra em seu casamento e não a exceção? Talvez seja hora de tomar medidas para resolver o problema antes que ele cause danos irreparáveis.

Em qualquer casamento, há momentos em que os casais sentem maiores e menores graus de intimidade. Às vezes, as tensões do trabalho, a educação dos filhos, as contas por pagar e outras circunstâncias da vida podem fazer com que o casal se foque em outras coisas e se afaste temporariamente.
No entanto, se você acha que a falta de proximidade tornou-se a regra em seu casamento e não a exceção, talvez seja hora de tomar medidas para resolver o problema antes que ele cause danos irreparáveis.
Uma das melhores formas de fazer isso é estabelecer uma comunicação saudável entre você e seu cônjuge. Este pode ser um processo difícil. Exige uma grande dose de humildade, paciência, compreensão e perdão. A boa notícia é que se ambos estão empenhados em fazer mudanças positivas no seu relacionamento, vocês estão indo bem no seu caminho para um casamento mais gratificante e forte. As dicas a seguir irão ajudá-los a abrir as linhas de comunicação e recuperar a intimidade e a felicidade que o seu casamento deve prover.
  • 1. Mantenha suas emoções sob controle

    Você sabe quando não está bem ou muito irritado para comunicar-se de forma eficaz. Não tente discutir quando chegar a esse ponto. É importante, no entanto, que você não termine a discussão abruptamente. Comprometa-se a continuar a conversa com seu cônjuge em outro momento ou lugar quando ambos se sentirem mais controlados.

    2. Reconhecer e evitar comportamentos prejudiciais

    Parte de superar a comunicação negativa em sua relação é aprender a reconhecer e controlar os comportamentos que ferem o seu cônjuge. Se o seu objetivo é aumentar a comunicação e proximidade, dizer ou fazer coisas desagradáveis para o seu parceiro só vai te levar para mais longe desse objetivo. Porém, sabemos que por vezes é difícil reconhecer os próprios hábitos.
    Uma maneira de superar isso é gravar uma discussão entre você e seu cônjuge e, em seguida, analisar juntos as coisas que são prejudiciais a um e outro. Outra maneira é ter uma discussão controlada, em que um de vocês fala enquanto o outro sinaliza quando o seu comportamento afeta ele de maneira negativa, positiva ou neutra. Esses exercícios vão ajudá-los a entender como se comunicar positivamente com o seu cônjuge.

    3. Responder às críticas com empatia

    Em vez de ficar na defensiva, tente ver as coisas do ponto de vista do seu parceiro. Isso muitas vezes requer prática. Uma maneira eficaz de fazer isso é estabelecer regras básicas em que você só pode falar depois de resumir o que você entendeu a partir de observações de seu cônjuge. Um exercício como esse irá forçá-lo a tentar ver as coisas da perspectiva de seu cônjuge.

    4. Assumir responsabilidade pessoal por todas as suas declarações

    Quando fazemos sugestões para o outro, muitas vezes falamos de maneira autoritária ou como acusação ("Você nunca me escuta!" ou "Você deve sempre ligar quando for se atrasar!"). Esses tipos de declarações, quase inevitavelmente, criam ressentimento. É mais eficaz do que assumir a responsabilidade pessoal usando afirmações do tipo "Eu" (ou seja, "Eu sinto que você não está me ouvindo" ou "Eu agradeceria se você pudesse ligar quando for se atrasar"). Esses tipos de declarações são muito mais propensos a promover o entendimento.
    Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger do original 4 ways to reestablish closeness in your marriage, de Lynn Scoresby.

    A. Lynn Scoresby é o fundador e presidente de www.myfamilytrack.com, www.firstanswers.com e www.achievementsynchrony.com. Ele é psicólogo e terapeuta familiar e de casais por mais de 35 anos e tem mais de 20 livros/programas de treinamento publicados.
    Website: http://www.firstanswers.com

    Fonte: http://familia.com.br/4-maneiras-de-restabelecer-a-intimidade-em-seu-casamento 

terça-feira, 24 de junho de 2014

Marido que abandona lar não tem direito a partilha dos bens

Um parceiro que abandona por muito tempo o cônjuge, o lar e os filhos não tem direito à partilha de bens do casal. O imóvel que pertenceu ao casal passa a ser de quem o ocupava, por usucapião. Assim decidiu a 4ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, ao confirmar sentença de comarca do sul do estado.
No caso julgado, um homem que teve decretado o divórcio no ano de 2000 pediu a divisão do imóvel no qual morava sua ex-mulher. Ele ajuizou a ação de sobrepartilha em 2008, já que foi revel (condição do réu que, citado, não comparece para o oferecimento da defesa) na ação de divórcio, ajuizada pela ex-mulher, de forma que não houve a partilha de bens naquela ocasião. O homem abandonou a mulher há 46 anos.
O argumento de defesa da mulher foi que o imóvel não poderia ser dividido com o ex-marido porque, embora registrado entre eles, há muito ela tinha a posse exclusiva sobre o bem, tendo-o adquirido pela via do usucapião. O relator, desembargador Eládio Torret Rocha, apontou não haver dúvidas de que o homem abandonou o lar, deixando os bens, a esposa e os sete filhos do casal à sua própria sorte.
Jurisprudência
O relator apontou, ainda, que em casos de prolongado abandono do lar por um dos cônjuges a doutrina e a jurisprudência  consolidaram o entendimento de que é possível, para aquele que ficou na posse sobre o imóvel residencial, adquirir-lhe a propriedade plena pela via da usucapião, encerrando-se, excepcionalmente, a aplicação da norma que prevê a não fluência dos prazos prescricionais nas relações entre cônjuges.
"Oportunizar, portanto, a partilha do imóvel, metade por metade, pretendida pelo varão depois de 46 anos de posse exclusiva exercida sobre o bem pela esposa abandonada — tão-só a partir do simples fato de que a titularidade do terreno ainda se encontra registrada em nome de ambos —, afora o sentimento de imoralidade e injustiça que a pretensão exordial encerra em si própria, seria negar por completo os fundamentos sobre os quais se construíram e evoluíram as instituições do Direito de Família e do Direito das Coisas enquanto ciências jurídicas", afirmou Rocha. A decisão foi unânime.
Tal raciocínio interpretativo, aliás, continuou o relator, foi determinante para a promulgação da Lei 12.424/2011, por definir que o cônjuge abandonado, após dois anos de posse com fins de moradia, adquire a propriedade exclusiva do imóvel, em detrimento do direito de propriedade do parceiro que o abandonou. Mas essa lei não foi aplicada por o caso em discussão ser anterior a ela. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-SC.

Revista Consultor Jurídico, 23 de junho de 2014, 20:46h
http://www.conjur.com.br/2014-jun-23/marido-abandona-lar-nao-direito-partilha-bens

Harmonia e felicidade conjugal: Melhorando a comunicação no casamento (Marilia Condé Aguilar)

Como transformar o monólogo em diálogo e entender a importância da comunicação no casamento.
 

  • Quando um casal se comunica com amor, aumenta o sentimento de união e compreensão entre si.
    É importante lembrar que a comunicação vai muito além das conversas corriqueiras sobre os compromissos do dia e as atividades dos filhos. Ela deve incluir todos os pensamentos, sentimentos ou metas.
    Uma comunicação a tal ponto eficaz tem o poder de contribuir para o respeito entre o casal, diminuir os conflitos e aumentar o amor.
    Se você quer se comunicar melhor com seu cônjuge, mas as respostas dele parecem não ir muito além do “sim”, “não”, “talvez”, você poderá ajudá-lo ao aplicar as seguintes técnicas:

    1) Aceite as diferenças

    Quanto antes você reconhecer e aceitar (sem julgar nem criticar) as diferenças existentes entre você e seu cônjuge, mais facilmente a comunicação fluirá entre vocês. Isso acontecerá à medida que você se tornar mais compreensiva e atenta aos interesses dele.

    2) Mostre-se interessada quando ele estiver falando

    Se você está lendo este artigo é porque quer ajudar seu marido a se comunicar melhor, certo? Então, quando ele começar a falar, ouça! Parece óbvio, mas não é. Durante a correria do dia a dia é comum não pararmos para ouvir o que o outro tem a dizer.

    3) Faça perguntas que o ajudem a se exprimir

    Se quando você pergunta ao seu marido como foi o dia ele responde somente “bom” (como a grande maioria dos homens), faça mais perguntas que o ajudem a exprimir seus sentimentos. No exemplo acima, você poderia acrescentar “e o que aconteceu hoje no trabalho?”, “como você se sentiu a respeito?”.

    4) Ouça ativamente

    Conversar não é somente ouvir. É também interagir. Reformule o que ele disse com suas palavras. Ao fazer isso, você demonstra que se interessou e compreendeu o que ele disse. Caso não tenha entendido corretamente, ele terá a oportunidade de corrigir e tentar se expressar de outra forma.

    5) Elogie

    Os elogios sinceros melhoram incrivelmente a comunicação, pois ele se sentirá mais confiante e capaz de expor seus sentimentos.

    6) Exponha suas intenções

    Se tiver que abordar um assunto difícil, identifique e exponha suas intenções primeiro. Assim, seu marido entenderá que seu objetivo é fortalecer o relacionamento e resolver algum problema, e não criticar ou reclamar dele. Assim, no lugar de começar uma conversa dizendo que seu marido gasta muito tempo assistindo TV, quando deveria dedicar mais atenção para você, comece dizendo que gostaria de passar mais tempo com ele, que isso iria fortalecer o relacionamento de vocês, então sugira alguma atividade que seja do agrado dos dois ou pergunte o que ele gostaria de fazer.
    A boa comunicação é um hábito extremamente importante no casamento. E, como todo hábito, leva tempo para se concretizar. Por isso, não desanime. Seja persistente e em breve você colherá os frutos.
    Que tal escolher uma das técnicas deste artigo e começar a praticar ainda hoje?

    Marilia Condé Aguilar é advogada, escritora, esposa e mãe. Adora pesquisar e está sempre em busca de soluções práticas para ajudá-la a equilibrar suas responsabilidades familiares e profissionais.

     Fonte: http://familia.com.br/harmonia-e-felicidade-conjugal-melhorando-a-comunicacao-no-casamento

Hábitos saudáveis fazem crianças felizes (Ruthie Armstrong)

Este artigo dá dicas sobre como criar filhos saudáveis e ativos. Além de dicas para uma alimentação equilibrada e manutenção do peso.

  • Passei muitos anos de minha juventude com excesso de peso e continuei a lutar contra os quilos extras até quase perto dos 30 anos. (História da minha perda de peso parte A e parte B - Texto em inglês).
    Quando me tornei mãe eu queria criar meus filhos com um estilo de vida diferente - saudável e ativo. Eu queria descobrir como ajudá-los para que não passassem pelas mesmas dificuldades com o excesso de peso.

    Faça com que as crianças se mexam

    Na minha infância, não havia tantos programas esportivos para crianças como há hoje. Enquanto meus filhos cresciam, eu fazia questão que se envolvessem e tirassem proveito de todas as ligas esportivas e de recreação disponíveis em nossa cidade e onde quer que morássemos. É uma forma relativamente barata de colocá-los em contato com diferentes modalidades esportivas e uma ótima maneira de ajudá-los a queimar toda a energia extra.
    Quando eram pequenos, eu apresentei a eles muitos esportes diferentes na esperança de que, com o tempo, decidissem quais os que mais gostavam e quais gostariam de praticar. Esperando que, em última análise, fosse algo que os ajudasse a permanecerem ativos e que pudessem desfrutar para o resto de suas vidas. Realmente não me importava qual esporte ou atividade escolheriam, mas mantê-los envolvidos com atletismo foi uma maneira divertida de aumentar sua autoconfiança, ensinar sobre trabalho em equipe e ajudar a desenvolverem hábitos saudáveis ainda na infância.
    Meus filhos começaram jogar futebol por volta dos quatro anos de idade. Sim, no começo eles ficavam na reserva e assistiam a seus companheiros correrem para cima e para baixo com a bola. Se você perguntasse à minha filha Kate a sua parte favorita no treino de futebol, sua resposta seria "os lanches no final do jogo". Mas a cada ano ela melhorava, aprendia e o mais importante, exercitava-se e ganhava confiança em si mesma.
    Lembro-me que no ano passado, nenhum dos meus filhos queria mais jogar futebol. Acabaram procurando outras atividades. Após nove anos sendo uma mamãe do futebol, infelizmente eu estava aposentada - mas apenas por um minuto. Logo já estavam tentando o basquete, vôlei, futebol americano, beisebol e dança. Dá trabalho fazer as crianças praticarem esportes, jogar e desenvolverem aptidão, mas os benefícios são inúmeros.

    Mantenha-se em movimento

    Outra parte importante de criar filhos saudáveis e ativos é ser um bom exemplo - seja você também fisicamente ativo. Não só o exercício ajuda com o seu próprio bem-estar e na redução de estresse, bem como serve de exemplo à sua família sobre a importância de cuidar do corpo. O exercício desempenha um papel importante em minha vida, houve períodos em que eu não me cuidava. Desde que comecei a praticar exercícios regularmente e seguir uma dieta equilibrada, a vida tem sido mais gratificante e agradável. Pratico corrida de longa distância, sou ciclista amadora e posso circular meio atrapalhada por uma sala de musculação. Tudo isso ajuda a enriquecer minha vida. Eu tenho energia e me sinto ativa e plena.
    Eu não sabia que, praticando de forma consistente ao longo dos últimos 12 anos, eu estava dando exemplo e plantando uma semente em minhas meninas que recentemente floresceu. Nos últimos dois anos, elas têm manifestado interesse em treinar e aprender a executar as corridas de longa distância. Duas semanas atrás, tive a oportunidade de correr uma meia maratona com as duas. De todas as linhas de chegada que cruzei esta foi a que significou mais para mim. Estou muito orgulhosa delas.

    Criar hábitos alimentares saudáveis

    Quando meus filhos eram pequenos, esforcei-me para ensiná-los a perceber os sinais de seu corpo e saber quando estavam realmente com fome. Se eles queriam uma guloseima açucarada, eu lhes pedia para dizer a última coisa saudável que tinham comido. Então lhes sugeria que comer primeiro uma fruta, grãos integrais ou vegetais seria uma escolha inteligente. Seus lanches saudáveis podiam terminar com uma pequena surpresa. Eu queria ensiná-los a ouvir os seus corpos e a comer de maneira equilibrada e saudável. O departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) lançou recentemente o seu novo programa "Escolha meu prato" (choose my plate).
    O "Meu prato" ideal, segundo o programa americano, deve ser dividido em porções de aproximadamente 30 por cento de grãos, 30 por cento de vegetais, 20 por cento de frutas e 20 por cento de proteínas. Uma porção pequena de laticínios que devem ser de baixo teor de gordura ou sem gordura como leite desnatado ou um copo de iogurte.

    Sugestão de dieta do "Meu prato"

    • Metade do prato deve ser de frutas e vegetais
    • Troque o leite integral para leite a 2% de gordura ou desnatado
    • Substitua metade dos grãos que você ingere por cereais integrais
    • Varie as proteínas magras
    • Reduza sódio e açúcar
    • Diminua a quantidade e aprecie a comida
    A primeira dama norte-americana Michelle Obama, aconselha: "Não podemos cuidar de tudo que nossos filhos comem, mas temos que prestar atenção nos pratos deles... E enquanto estiverem comendo porções adequadas, e metade de sua refeição for de frutas e legumes, se estiverem comendo proteína magra, cereais integrais e laticínios com pouca gordura, então estão bem. É simples assim”.

    O que é uma dieta saudável?

    • É uma dieta que prioriza as frutas, vegetais, grãos integrais e leite desnatado ou outros laticínios com baixo teor de gordura
    • Inclui carnes magras, aves, peixes, leguminosas, ovos e castanhas
    • Baixa quantidade de gorduras saturadas, gorduras trans, colesterol, sal e açúcar
    As orientações dietéticas do “choosemyplate.gov " apontam para:
    • Fazer escolhas alimentares inteligentes em todos os grupos de alimentos
    • Encontrar o equilíbrio entre alimentação e atividade física
    • Obter o máximo de nutrição com menor número de calorias
    • Ficar dentro de suas necessidades de calorias diárias
    Confira a versão em português do site choosemyplate.gov. Traz muitas dicas e informações sobre nutrição e diretrizes recomendadas. Espero que essas dicas sejam úteis para ajudar seus filhos a levarem uma vida saudável e ativa e a estabelecer uma base saudável de alimentação e exercícios.
    Traduzido e adaptado por Stael Ferreira Pedrosa Metzger do original Healthy habits make happy kids, de Ruthie Armstrong.

    Fonte: http://familia.com.br/habitos-saudaveis-fazem-criancas-felizes

10 ótimas razões para se casar (Heather Hale)

Você está pensando em se casar, mas preocupado com a alta taxa de divórcio e acabar sendo infeliz? Aqui estão 10 ótimas razões porque o casamento pode ser a coisa perfeita para você.

  • Há um monte de opositores ao casamento sempre dispostos a citar as taxas de divórcios e oferecer um exemplo de um casamento infeliz que eles testemunharam. Muitos adultos estão protelando ou evitando completamente o casamento porque se preocupam em acabar infelizes. O casamento é realmente ultrapassado, impraticável e uma armadilha? Não! Há algumas grandes razões para considerar "se enforcar". Confira as 10.

    1. Tornar-se uma pessoa mais compreensiva e paciente

    Todos têm suas próprias idiossincrasias, e seu futuro cônjuge certamente irá fazer coisas que vão deixá-lo maluco. No entanto, à medida que se esforçam em cultivar um casamento bem-sucedido, você verá que sua capacidade de sentir empatia e suportar pacientemente vai crescer. Se você permitir, o casamento vai fazer de você uma pessoa melhor.

    2. Você vai ter alguém com quem crescer junto

    Quantas vezes você já ouviu a desculpa "nós crescemos em direções opostas" para justificar a divisão do casal? Em um casamento saudável, o casal aprende a crescer junto. Quando um dos parceiros desenvolve novos interesses e ganha uma perspectiva de mundo maior, o cônjuge participa e abraça esse crescimento. É envelhecer bem juntos em dose dupla.

    3. Você sempre terá alguém com quem se divertir

    O casamento não é só desgraça, tristeza e trabalho duro. Ter um cônjuge significa nunca ter que sair de férias sozinho, sempre ter alguém para levar ao cinema e conseguir um parceiro sempre ali para desfrutar os bons momentos com ele. Provavelmente você e seu parceiro já gostam de fazer as mesmas coisas, então você pode muito bem aproveitar apreciando o passeio em dupla.

    4. Nunca ter de namorar estranhos de novo

    Desde os primeiros encontros até terminar, o namoro é cansativo. Ter um relacionamento estável significa que você pode concentrar sua energia romântica em alguém que você ama de verdade, em vez de ficar constantemente pulando de um relacionamento insatisfatório para outro.

    5. Maior estabilidade

    Indivíduos casados vivem mais, ganham mais dinheiro, e desfrutam de mais estabilidade geral na vida. Enquanto isenções fiscais e seguros mais altos não são razões em si para levá-lo ao casamento, eles certamente fazem o casamento ainda mais atraente.

    6. Casamentos contribuem para famílias mais fortes

    Hoje em dia, mais e mais pessoas estão optando por iniciar famílias fora do matrimônio, mas estudos têm mostrado repetidamente que as crianças nascidas de pais casados se saem melhor do que aquelas criadas por pais solteiros, tanto financeira quanto socialmente. Se você quer dar a seus futuros filhos a melhor chance de sucesso, o casamento é uma ótima opção.

    7. Mais e melhor sexo

    Os casais relatam ter mais sexo gratificante do que pessoas solteiras. Apesar do que a mídia quer nos fazer acreditar, o sexo dentro de um relacionamento monogâmico é melhor para ambas as partes do que para indivíduos solteiros.

    8. Alguém para dividir a carga

    Ao se resistir às tempestades da vida, tomar grandes decisões ou encontrar maneiras de pagar as contas da vida moderna, duas cabeças pensam melhor que uma. Pessoas lidam melhor com a adversidade quando têm alguém para dividir suas preocupações e medos, um papel facilmente preenchido por um cônjuge.

    9. Casamento leva a uma vida mais feliz

    Em muitos estudos, psicólogos têm mostrado conclusivamente que as pessoas casadas se autodefinem como mais felizes do que pessoas solteiras. Não é de admirar; ter um cônjuge significa sempre ter um amigo.

    10. Você está apaixonado

    A melhor razão, realmente a única boa razão, para se casar é para se ter um amor verdadeiro. O casamento é o compromisso final com a pessoa que roubou seu coração e é uma demonstração de solidariedade e compromisso com seu parceiro. Quem não quer viver uma grande história de amor que termina com "e foram felizes para sempre"?
    Se você imagina o casamento como uma série de intermináveis discussões e brigas, não deixe que a imagem negativa culturalmente orientada de casamento o engane. Há um verdadeiro sentimento de satisfação que vem de crescer individualmente e como casal. O casamento fornece o meio ideal para o crescimento. Sim, todos os casamentos têm seus altos e baixos, mas o lindo casal de 80 anos no parque, ainda de mãos dadas depois de todos esses anos, só está ali porque venceu todos os problemas. Vocês nunca terão a oportunidade de se aperfeiçoarem, tornarem-se um casal de velhinhos, sem começar a partir de agora. Uma vez que você decidiu se casar, aqui estão algumas dicas incríveis para fortalecer um casamento.

    Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger do original) do original 10 great reasons to tie the knot.
 Fonte: http://familia.com.br/10-otimas-razoes-para-se-casar

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Locador e locatário. Quem tem obrigação pelo pagamento do IPTU?

Publicado por Getulio Costa Melo

O imposto predial territorial urbano (IPTU) é um dos tantos outros impostos que aparecem, anualmente, na vida de todos nós – os contribuintes. Na maioria dos municípios (se não todos) o carnê deste ano já foi entregue em todas as residências, porém, existem pessoas, principalmente alguns locatários e locadores, que ainda ficam em dúvida de quem é o responsável pelo pagamento do IPTU.
A priori, o responsável tributário (sujeito passivo) é aquele indivíduo que pratica uma ação que gera uma determinada obrigação (fato gerador). O responsável tributário do IPTU, conforme se encontra redigido no art. 32 e 34 do Código Tributário Nacional (CTN), é o sujeito que pratica o fato gerador da propriedade, do domínio útil ou da posse do bem imóvel.
Este texto focará apenas naquela primeira incidência (propriedade), característica do indivíduo proprietário pleno de imóvel, em outras palavras, pessoa que adquiriu, através de escritura pública registrada em cartório de registro de imóveis, determinada propriedade (residencial ou comercial), absolvendo para si o direito de usufruir, gozar e dispor de seu bem imóvel.
Forçoso destacar que o locatário, caso venha expressa uma cláusula no contrato de aluguel, é o responsável pelo pagamento do IPTU do imóvel locado, contudo, esta obrigação particular (muito corriqueira nas atividades locatícias) vincula apenas as pessoas que estão arroladas no contrato de aluguel, ou seja, o pacto particular não força a Fazenda Pública Municipal cobrar o crédito tributário diretamente daquele que não possui o animus domini do imóvel (o locatário), conforme o art. 123 do CTN:
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) também é unanime sobre este assunto, o que se pode vislumbrar no REsp 810.800/MG e no REsp 325.489/SP, todos de relatoria da Ministra Eliana Calmon, no REsp 818.618/RJ, de relatoria do Ministro José Delgado, e no AgRg no AgRg no AREsp 143.631/RJ que abaixo é destacado:
TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DEINSTRUMENTO. IPTU. RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO. LEGITIMIDADE ATIVA DODESTINATÁRIO DO CARNÊ. IMPOSSIBILIDADE. ENTENDIMENTO DA PRIMEIRASEÇÃO DO STJ NO AGRG NO RESP 836.089/SP.1. Configura-se matéria de direito o debate acerca da legitimidade ativa para postulação de repetição de indébito de IPTU.2. O entendimento da Primeira Seção deste Superior Tribunal de Justiça é pela impossibilidade de que pessoa diferente do proprietário do imóvel seja legitimado ativo para postular repetição de indébito de IPTU, uma vez que, seja locatário, seja destinatário do carnê, a obrigação contratual entre este e o proprietário do imóvel (contribuinte) não pode ser oponível à Fazenda. (STJ - Processo: AgRg no AgRg no AREsp 143631 RJ 2012/0025517-6 Relator (a): Ministro BENEDITO GONÇALVES; Julgamento: 04/10/2012; Órgão Julgador: T1 - PRIMEIRA TURMA Publicação: DJe 10/10/2012).
Respeitando-se o art. 22, VIII da Lei nº 8.245/1991, havendo previsão expressa no contrato de aluguel de que o locatário é obrigado a pagar o IPTU do imóvel alugado e, mesmo assim, não paga, o locador, para não sofrer com as sanções fiscais, deverá pagar o imposto e, por consequência, terá o direito de ingressar com ação judicial para rever o valor pago pelo imposto. Esta possibilidade é muito bem vista nos entendimentos dos Tribunais, se não vejamos:
PROCESSO CIVIL E CIVIL. AÇÃO DE COBRANÇA. LOCAÇÃO NÃO RESIDENCIAL. CONTRATO VERBAL POR TEMPO INDETERMINADO. OBRIGATORIEDADE DE PAGAR ALUGUÉIS INCONTROVERSA. CONFISSÃO DO REPRESENTANTE LEGAL DA RÉ (CPC, ART. 334, II). PAGAMENTO DO IPTU PELO LOCATÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. FALTA DE PREVISÃO CONTRATUAL (LEI N. 8.245/1991, ART. 22, VIII). RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. [...] O inciso VIII do artigo 22 da Lei n. 8.245/1991 possibilita a responsabilização do locatário pelo pagamento de impostos, taxas e prêmios de seguro, inclusive do imposto predial e territorial urbano, desde que haja expressa previsão contratual acerca disso. (TJ-SC. Processo: AC 43630 SC 2007.004363-0 Relator (a): Luiz Carlos Freyesleben Julgamento: 19/05/2011 Órgão Julgador: Segunda Câmara de Direito Civil Publicação: Apelação Cível n., de Brusque Parte (s): Apelante: Academia Biorena Apelado: Gracher Empreendimentos Turísticos Ltda Interessado: Roberto Stedile)
Neste compêndio, o responsável pelo pagamento do IPTU, frente ao Fisco e independentemente de pacto contratual, é o verdadeiro possuidor pleno do imóvel (locador), ao passo que, em comum acordo e expresso em contrato de aluguel, poderá aquela responsabilidade ser deslocada ao locatário, que, mesmo assim, não será o responsável tributário mencionado no art. 121, parágrafo único, II do CTN, mas apenas um responsável com características contratuais pelo pacto sunt servanda.

http://getulio.jusbrasil.com.br/artigos/123320843/locador-e-locatario-quem-tem-obrigacao-pelo-pagamento-do-iptu?utm_campaign=newsletter&utm_medium=email&utm_source=newsletter

Responsabilidade das academias sobre furtos ocorridos em suas dependências

 Publicado por Alisson Bruno

Afinal de contas, como lidar com o furto dentro das academias? Suspeita de clientes, visitantes, prestadores de serviços ou até mesmo do time. Situação delicada que merece extrema atenção.
Primeiramente vale mencionar que a responsabilidade criminal se distingue da cível.
Quanto ao suposto crime, o papel da academia se restringe ao acompanhamento à Delegacia de Polícia para registro da ocorrência, para que a autoridade competente inicie o processo investigatório, inquérito policial e, se for o caso, proponha a ação penal. Não é responsabilidade da academia indicar culpados ou suspeitos, a não ser que haja requerimento da autoridade policial para isso. Muito cuidado ao acusar pessoas, pois este dever cabe à Polícia exclusivamente.
Na esfera cível, a responsabilidade se refere à eventual ressarcimento por prejuízos de ordem material ou moral ocasionado pelo fato, e ela é OBJETIVA. Isso que significa que a presunção de responsabilidade sobre a reparação do dano é sempre da empresa. Existem alguns fatores que excluem a responsabilidade objetiva. São eles: Culpa exclusiva da vítima, normalmente identificados por negligencia ou imprudência, que ocorre quando o aluno deixa o armário ou bolsa abertos, ou quando deixa o celular no banco da academia, ou ainda, não tranca o carro.
Pode-se, ainda, alegar caso fortuito ou força maior (caso, por exemplo, de furto após uma algazarra causado por tragédia natural) ou culpa de terceiros (caso da empresa de valet parking com o carro, por exemplo), ou culpa recíproca (de ambos) para “repartir” a responsabilidade.
De qualquer forma, o maior desafio, nestes casos, está na prova material. Uma boa dica é trabalhar na prevenção ou limitação do dano.
A prevenção ocorre, muitas vezes, com a demonstração da academia na organização e atenção do tema. Câmeras de segurança nos acessos aos vestiários, na entrada principal da empresa e nos locais onde as pessoas deixam seus objetos é uma boa dica. E acreditem, ainda que falsas, as câmeras funcionam!
Nos vestiários, uma boa opção é colocar uma empregada ou empregado (para os vestiários feminino e masculino, respectivamente) para guardar os pertences dos alunos. Se for financeiramente inviável, vale oferecer cadeados para que os próprios alunos possam trancar seus pertences. Quando a academia aluga os armários, atrai mais responsabilidade.
A primeira visita de um novo aluno deve ser sempre acompanhada por um colaborador do mesmo sexo, que possa mostrar, inclusive, os vestiários.
A limitação do dano consiste no recebimento das reclamações desta natureza apenas por escrito, com assinatura da suposta vítima, e descrição de todos os bens que ele diz terem sido subtraídos. Muitas vezes, posteriormente, as versões mudam e o que era apenas um celular se torna dois notebooks, uma aliança de ouro e três smartphones...
Em ultima análise, em caso de não haver a possibilidade de acordo e não sendo possível a comprovação de culpa de terceiros ou exclusiva do aluno, que supostamente seriam base de argumentação para exclusão de responsabilidade da academia, vale recorrer ao seguro de responsabilidade civil.
É importante que todos os estabelecimentos comerciais prestadores de serviços possuam este tipo de seguro, que protegem a empresa de maiores riscos de prejuízos. Alguns seguros envolvem, inclusive, danos morais, tema de nosso próximo artigo nesta revista.
De qualquer forma, é importante que as academias entendam os princípios que levam os juízes a deferirem ou não um pedido de um aluno por ressarcimento na Justiça. Ou até mesmo para que, de maneira mais coerente e criteriosa, os gestores possam argumentar com os supostos lesionados sem se sentirem reféns da situação por falta de informação, e saberem até que ponto vale a pena entrar em um acordo ou levar o assunto a esfera judicial.

http://www.joanadoin.adv.br/noticias/responsabilidade-das-academias-sobre-furtos-ocorridos-em-suas-dependencias

Fonte: http://alissonbruno.jusbrasil.com.br/noticias/123671246/responsabilidade-das-academias-sobre-furtos-ocorridos-em-suas-dependencias?utm_campaign=newsletter&utm_medium=email&utm_source=newsletter

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Juntando os pedaços

No Brasil as estatísticas mostram que a cada ano, um milhão de pré-adolescentes e adolescentes, entre 10 a 20 anos, dão a luz. O aumento do número de gravidez entre essas fases é um fenômeno mundial. Porém, tendo por base recentes pesquisas, os dados registrados comprovam que esse problema é ainda mais sério em nosso país.
A gravidez nesta fase não é um episódio, é parte do processo de busca de identidade.
Em suas dificuldades, a garota assume atitudes de rebeldia, busca grupos menores que a compreendam, tenta soluções mágicas para seus problemas, despreza o que os adultos lhe impuseram e, por isto, desenvolve atitudes agressivas com aqueles à sua volta.
As primeiras relações sexuais não são programadas, mas sim imprevisíveis. A sensação e a excitação ocorrem em momentos inesperados, em algum lugar não programado e a adolescente acaba experimentando uma nova situação, tendo a primeira relação sem maiores preocupações.
Muitos adolescentes hoje estão confusos e desiludidos. A pressão da mídia e da turma tem levado alguns a se envolverem sexualmente, sem medir as consequências. A gravidez na adolescência está aí. É um fato! Isto pode acontecer na casa de qualquer um. Até na sua, se é que já não aconteceu.
Mas existem aqueles que ainda sobrevivem e permanecem firmes nos seus valores. Mesmo pressionados, lutam contra a maré e permanecem virgens.
Para evitar a gravidez prematura, os programas desenvolvidos pelos órgãos estatais têm usado novos métodos de trabalho. Utilizam a música, a dança e o teatro para elevar a autoestima e dar outras perspectivas de vida às adolescentes.
Gravidez é coisa séria! É preciso ter maturidade física, emocional e estar pronto para assumir as implicações de uma paternidade responsável.
Tenha certeza, a adolescência não é o tempo para isso! Um filho gerado na adolescência, quando não se está preparado para ser pai ou mãe, se estes adolescentes não tiverem um suporte emocional e espiritual, certamente enfrentará uma vida difícil. Os traumas e a auto rejeição que esta criança terá, não é o que desejo para nenhuma criança.
Pais, fiquem alertas aos cuidados com seus filhos, deem atenção e ouçam o seus corações.
Por,
Mário Valdez
Para Sempre Namorados

http://cristotube.com.br/juntando-os-pedacos/

16 dicas para melhorar seu casamento

Em meus 24 anos da casada e conselheira de muitos casais, descobri que pequenas coisas fazem toda a diferença em um relacionamento. Se você acabou de se casar ou se já tem anos de casado, creio que estas dicas serão tão úteis para você como foram para mim.
Aqui vão 16 dicas para melhorar o seu casamento.
  1. Faça elogios sinceros ao seu cônjuge.
  2. Se tiver algo que você não gosta nele(a), diga com carinho.
  3. Brinquem, riam e façam gracinhas.
  4. Não guarde rancor. Seja o primeiro a pedir desculpas – mesmo quando for difícil engolir seu orgulho. Faça sua parte para acertar as coisas. Coloque seu casamento e os sentimentos de seu cônjuge em primeiro lugar, sempre.
  5. Mande uma mensagem de amor de vez em quando para ele(a).
  6. Coloque o seu cônjuge em primeiro lugar, ele tem que ser mais importante que seus filhos. Se seus filhos virem sua dedicação em relação ao seu casamento, eles cresceram confiantes.
  7. Tenham uma noite romântica pelo menos uma vez por mês.
  8. Orem juntos.
  9. Marido, uma ajuda é sempre bem-vinda. Quando chegar em casa ajude de alguma forma. Pode ser levando o lixo para fora, dando banho nas crianças ou colocando-as na cama. Pode ter certeza que sua esposa amará a sua atitude.
  10. Não fale mal do seu cônjuge para outra pessoa. Descobrir o seu amor é algo muito sério.
  11. Cuide-se, mantenha o peso e faça exercícios. Uma caminha a dois é uma boa forma de manter-se em forma e ainda ter momentos agradáveis.
  12. Dê atenção se ele(a) está passando por algum período difícil no trabalho, seja gentil e escute o que ele(a) tem a dizer.
  13. Tomem decisões em conjunto. Agora vocês não são mais um, mas dois e o que fizerem tem que ser discutido e entrado em acordo.
  14. Procure o seu amor com os olhos e pisque para ele(a) quando encontrar.
  15. Não tenha segredos.
  16. Não tenha como amigo uma antiga paixão no Facebook. Não prejudique a confiança do amor reacendendo um romance antigo via redes sociais, o que é uma das principais causas de divórcio.
Coloque o seu casamento em primeiro lugar.
Por,
Fabiana Marangoni
Para Sempre Namorados

http://cristotube.com.br/16-dicas-para-melhorar-o-seu-casamento/

Famílias quebradas

O nível de separações, divórcios vem aumentando assustadoramente, sendo muito maior que o número ocasionado pela morte de um dos cônjuges. O viver juntos, “amigados, amasiados”, também tem aumentado e se tornado uma infeliz alternativa para evitar a oficialização do casamento.
Vários fatores têm contribuído para a quebra da estrutura familiar: divórcio, sexo fora do casamento, abortos, promiscuidade sexual, casamento de gays, abuso sexuais na própria família, aumento de esterilidade, nascimento de bebês sem a proteção do casamento, todos estes fatores e ainda outros, têm levado a família à beira do colapso.
Não temos a pretensão de esgotar o assunto, que é complexo e extenso, porém gostaríamos muito de levar um pouco de alento, orientação e esperança àqueles que, de alguma forma, estão sofrendo as consequências da fragmentação de sua família.
Estamos em uma época mística, muitas previsões, elucubrações e medos surgem, tornando nosso século em volta em perplexidades, e expectativas.
O secularismo tem se espalhado de forma sutil e seus tentáculos se envolvido ao redor das famílias, sufocando-as e desmembrando-as.
Nunca se se viu número tão grande de famílias quebradas, pais separados, filhos abandonados, e falta de compromisso nos relacionamentos. O vínculo conjugal tem desaparecido e são poucos os casais que resolvem pagar o preço de manter um casamento “até que a morte os separe”.
Hoje em dia, porém, tem sido alarmante o número de separações no meio da sociedade que vivemos. Partindo do ponto de que o coração do ser humano é enganoso, não é preciso muito incentivo para que façamos aquilo que não deve. Acrescente-se a essa tendência, o estímulo das novelas da TV, de filmes inadequados e “festa”, etc.
Nossa sociedade e sua liberdade cada vez maior torna-se realmente uma grande ameaça ao que Deus idealizou ao homem, famílias que reflitam a bondade do Senhor aos desesperançados. O ser humano adota certos padrões de vida por várias motivações. Entre elas, a necessidade de aceitação pelo grupo em que se está inserida, é responsável por atitude nem sempre recomendável.
A Bíblia é muito clara quando aponta as fontes que nos levam a pecar, nossa própria concupiscência, nossa carne, o mundo e suas estruturas e, também o próprio diabo que aproveita as duas anteriores para concretizar seus planos maléficos. Quando há o comprometimento do casal em recuperar um casamento avariado, Deus honra essa atitude de obediência.
Há exceções, casos em que deliberadamente um dos cônjuges se recusa a entrar nessa parceria e somente um deles procura desesperadamente salvar o casamento. Nem sempre essa união será preservada. A dureza do coração do cônjuge rebelde pode não ser derretida e a separação torna-se inevitável.
Que a nossa conscientização do perigo de decadência, a busca do caráter e dos brios interiores evocando os compromissos assumidos, e a diligência de corrermos ao Senhor em busca de auxilio e perseverança, nos preserve enquanto aqui, deste lado do rio.
O conhecido texto de Romanos 8.28 deve nos acompanhar: “Todas as coisas cooperam conjuntamente, para o bem daquele daqueles que amam a Deus…” como conforto e incentivo.
Alerta, porém, para que não haja distorções de sua interpretação, implicando em omissão de nossa parte, daquilo que devemos fazer, com discernimento, em nossa vida. Confia no Senhor.
Por,
Mário Valdez
Para Sempre Namorados

Fonte: http://cristotube.com.br/familias-quebradas/