Por Crescer online - 12/06/2017 15h21 - atualizada em 12/06/2017 15h21
Em um domingo comum, a educadora social do Recife (PE) Aline Lopes, 30, sentou-se ao lado do seu filho menor, Nauã, 3 anos, para ajudá-lo com a tarefa de casa. O menino pegou a apostila escolar, da Editora Formando Cidadãos, e começou a fazer a atividade, que pedia para ligar cada profissional ao seu local de trabalho. Na ilustração, havia três personagens – uma mulher branca com um livro, um personagem negro com uma vassoura e outra moça branca com vestimenta formal. Do outro lado, três cenários: um escritório, uma sala de aula e o que parece um corredor com equipamentos de limpeza.
Logo que Nauã pegou o livro e começou a atividade, a mãe pediu para olhar. “Quando vi o desenho, já fiquei chocada, mas quando li o enunciado, fiquei muito incomodada com o reforço pelo estereótipo negativo, de não deixar a criança escolher, mas condicioná-la a pensar que o negro não tem capacidade de outra coisa senão de exercer uma função marginalizada”, conta Aline à CRESCER.
Aline não é negra, mas seus dois filhos, Nauã, 3 e Aymê, 5, são, pois puxaram a genética do pai. Assim, a mãe decidiu abrir um debate com as crianças por conta da atividade. “Perguntei aos meus filhos se eles queriam exercer aquele trabalho a que o negro estava associado na imagem quando crescessem; se eles achavam que a personagem negra poderia ser uma professora e se ela também poderia ser uma secretária, se quisesse. E eles responderam que o negro pode ser o que quiser”, explica a mãe. “Eu tenho a consciência crítica, mas é necessário que pais e mães que não tiveram acesso à educação também sentem com seus filhos e façam essa problematização”, completa Alina.
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Leia a íntegra da matéria em : http://revistacrescer.globo.com/Voce-precisa-saber/noticia/2017/06/mae-denuncia-racismo-em-livro-de-atividades-escolar-do-filho.html
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