quarta-feira, 28 de maio de 2025

Questão sobre Direito de vizinhança

 Quem é considerado vizinho?

  • Violação de Direitos de Vizinhança:
    Mesmo dentro dos limites da lei, o uso da propriedade pode perturbar a paz do vizinho, causar danos ou incomodar a comunidade. Nestes casos, a lei protege os direitos de vizinhança e permite a busca por indenização ou medidas para cessar a interferência.
  • Exemplos:
    • Um proprietário pode construir um muro que, embora dentro dos limites legais, cause sombreamento excessivo e prejudique a iluminação do imóvel do vizinho.
    • Um proprietário pode utilizar um sistema de irrigação que, embora legal, cause infiltração e danos nos muros ou paredes do vizinho.
    • Um proprietário pode criar uma atividade comercial que cause ruído excessivo ou poluição, mesmo dentro dos limites legais, causando perturbação aos moradores. 

Prova: FCC - 2024 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área Judiciária

Aline é vizinha de Pedro e possui, em seu terreno, uma grande árvore com frutos. Seus ramos ultrapassam, pela parte de cima, o muro que divide os dois imóveis, acarretando sombra na piscina de Pedro. Além disso, 05 frutos da árvore costumam cair na casa do vizinho e, apesar das reclamações deste, Aline nunca resolveu tais entraves. Com base nessa situação, Pedro


A poderá ingressar no terreno de Aline para podar a árvore, sem prévio aviso.
B poderá cortar os ramos da árvore que ultrapassem o muro até o plano vertical divisório, mas devera devolver os frutos que caírem em seu imóvel.
C não poderá cortar os ramos da árvore que ultrapassem o muro até o plano vertical divisório, mas os frutos que caírem em seu imóvel serão seus.
D poderá cortar os ramos da árvore que ultrapassem o muro até o plano vertical divisório, e os frutos que caírem em seu imóvel serão seus.
E não poderá cortar os ramos da árvore que ultrapassem o muro até o plano vertical divisório e devera devolver os frutos que caírem em seu imóvel.


Prova: NC-UFPR - 2019 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção

Sobre os direitos de vizinhança, considere as seguintes afirmativas:
1. Quando as águas, artificialmente levadas ao prédio superior, ou aí colhidas, correrem dele para o inferior, poderá o dono deste reclamar que se desviem, ou se lhe indenize o prejuízo que sofrer.
2. O proprietário de nascente, ou do solo onde caem águas pluviais, satisfeitas as necessidades de seu consumo, poderá impedir, ou desviar o curso natural das águas remanescentes pelos prédios inferiores.
3. O dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as águas que correm naturalmente do superior, não podendo realizar obras que embaracem o seu fluxo.
4. O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha.

Assinale a alternativa correta.


A Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
B Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
C Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
D Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
E Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.


Questão sobre Aquisição por acessão

 

4 – Aquisição por acessão

A palavra acessão pode ter sentidos diversos, entretanto, de acordo com o art.1.248 do CC, em linhas gerais, significa uma forma de aquisição originária pela qual passa a pertencer ao indivíduo tudo aquilo que se une ou incorpora ao bem, de forma natural ou artificial, por força de disposição legal.

Sendo a acessão a conjunção de duas coisas que até então estavam separadas, uma delas terá caráter acessório e a outra caráter principal. Assim, a acessória (acedente) sempre seguirá a principal (acedida), levando em consideração o princípio que veda o enriquecimento sem causa.

Dessa maneira, o Código Civil no art.1.248 expressa as formas de acessão por causas naturais ou fatos stricto sensu:

  • Formação de ilhas;
  • Aluvião;
  • Avulsão; e
  • Abandono do álveo.

 

Prova: UECE-CEV - 2016 - Prefeitura de Amontada - CE - Procurador Autárquico

Atente ao seguinte dispositivo legal: “Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização”.

O instituto jurídico referido nesse dispositivo legal é denominado acessão por

A avulsão.

B abandono de álveo.

C abandono de avulsão.

D aluvião.

Questão sobre usucapião

 Usucapião:

É modo aquisitivo originário ou derivado? Qual consequência isto traz em relação aos direitos reais existentes anteriormente?

Prova: VUNESP - 2007 - OAB-SP - Exame de Ordem - 3 - Primeira Fase

A usucapião constitui modo

A originário de aquisição da propriedade.

B derivado de aquisição da propriedade.

C derivado de aquisição da posse.

D de celebração de contrato.


Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase

Diante da crise que se abateu sobre seus negócios, Eriberto contrai empréstimo junto ao seu amigo Jorge, no valor de R$ 200.000,00, constituindo, como garantia, hipoteca do seu sítio, com vencimento em 20 anos. Esgotado o prazo estipulado e diante do não pagamento da dívida, Jorge decide executar a hipoteca, mas vem a saber que o imóvel foi judicialmente declarado usucapido por Jonathan, que o ocupava de forma mansa e pacífica para sua moradia durante o tempo necessário para ser reconhecido como o novo proprietário do bem.
Diante do exposto, assinale a opção correta.

A Como o objeto da hipoteca não pertence mais a Eriberto, a dívida que ele tinha com Jorge deve ser declarada extinta.

B Se a hipoteca tiver sido constituída após o início da posse ad usucapionem de Jonathan, o imóvel permanecerá hipotecado mesmo após a usucapião, em respeito ao princípio da ambulatoriedade.

C Diante da consumação da usucapião, Jorge tem direito de regresso contra Jonathan, haja vista que o bem usucapido era objeto de sua garantia.

D Sendo a usucapião um modo de aquisição originária da propriedade, Jonathan pode adquirir a propriedade do imóvel livre da hipoteca que Eriberto constituíra em favor de Jorge.


Gabarito:

1 - A
2 - D

Questão de concurso sobre prescrição

 

Prescrição:

Existe prazo?

Corre contra todos?

Prova: FCC - 2016 - PGE-MT - Analista – Bacharel em Direito

Sergio sofreu acidente de trânsito quando tinha sete anos de idade. Ao atingir a maioridade civil, ajuizou ação contra o causador do dano. Este, em contestação, alegou prescrição, a qual

A) ocorreu, porque o prazo prescricional, de cinco anos, já se ultimou.

B) não ocorreu, porque o prazo prescricional, de três anos, não correu enquanto Sérgio era menor de idade.

C) ocorreu, porque o prazo prescricional, de três anos, já se ultimou.

D) não ocorreu, porque o prazo prescricional, de três anos, não correu enquanto Sérgio era absolutamente incapaz.

E) não ocorreu, porque o prazo prescricional, de cinco anos, não correu enquanto Sérgio era menor de idade.


Gabarito:


Letra D.

C.C. - Art. 198. Também não corre a prescrição:

I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;

Art. 206. Prescreve:

§ 3º Em três anos:

V - a pretensão de reparação civil;

Embora o prazo prescricional para a reparação de danos seja de 3 anos (art. 206, § 3º, V, CC), não corre a prescrição contra o absolutamente incapaz (art. 198, I, CC). Na questão, a prescrição de 3 anos só passou a fluir a partir do momento em que o Sérgio completou 16 anos, de maneira que ela só se consumaria quando o Sérgio completasse 19 anos. Em outras palavras, quando o Sérgio completou 18 anos (a maioridade), a prescrição não havia se consumado.


Questão da OAB sobre Função social da propriedade

 

Função social da propriedade:

É obrigação ou não?

Tem punição para descumprimento?

 

Prova: FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIV - Primeira Fase

Marcos recebeu, por herança, grande propriedade rural no estado Sigma. Dedicado à medicina e não possuindo maior interesse pelas atividades agropecuárias desenvolvidas por sua família, Marcos deixou, nos últimos anos, de dar continuidade a qualquer atividade produtiva nas referidas terras.

Ciente de que sua propriedade não está cumprindo uma função social, Marcos procura um advogado para saber se existe alguma possibilidade jurídica de vir a perdê-la.

Segundo o que dispõe o sistema jurídico-constitucional vigente no Brasil, assinale a opção que apresenta a resposta correta.

A) O direito de Marcos a manter suas terras deverá ser respeitado, tendo em vista que tem título jurídico reconhecidamente hábil para caracterizar o seu direito adquirido.

B) A propriedade que não cumpre sua função social poderá ser objeto de expropriação, sem qualquer indenização ao proprietário que deu azo a tal descumprimento; no caso, Marcos.

C) A propriedade, por interesse social, poderá vir a ser objeto de desapropriação, devendo ser, no entanto, respeitado o direito de Marcos à indenização.

D) O direito de propriedade de Marcos está cabalmente garantido, já que a desapropriação é instituto cabível somente nos casos de cultura ilegal de plantas psicotrópicas.


Gabarito:

Letra C

C.F./88 - Art. 5º. XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

Desapropriação: com indenização; cabimento: necessidade pública, utilidade pública, interesse social.

Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.


quinta-feira, 1 de maio de 2025

Questões com gabarito sobre multipropriedade e condomínio

 1. Carlos e Fernanda adquiriram, em regime de multipropriedade imobiliária, uma fração de tempo no resort EcoViva, localizado no estado de Minas Gerais. Conforme o contrato, eles possuem direito de uso de uma semana fixa, sempre na mesma semana de cada ano. No próximo período, Carlos sofreu uma cirurgia que o impossibilita de viajar na data prevista, e Fernanda também teve que cancelar sua viagem por motivos pessoais. Para não perderem o direito à semana, eles decidem ceder o uso da sua fração a um amigo, Lucas, durante esse período. Posteriormente, Lucas utiliza a unidade no período acordado. Com base no Código Civil Brasileiro, analise a legalidade dessa cessão de uso da fração de multipropriedade e indique a orientação jurídica adequada para a situação.

2. Imagine que uma associação de multiproprietários estabeleceu uma regra interna que limita o acesso de terceiros ao empreendimento, incluindo cessionários de direitos de uso, sob alegação de preservação da segurança e da privacidade. Um multiproprietário cede seu direito de uso a uma pessoa que, posteriormente, tenta usufruir da unidade. A administração, entretanto, impede esse uso, alegando que a pessoa não é formalmente proprietária. Com base no artigo 1.358-I do Código Civil e na legislação aplicável, analise a legalidade dessa restrição e os direitos do cessionário de uso.

3. Suponha que Carlos, multiproprietário, cede seu direito de uso a Ana, mediante contrato previsto no regulamento interno do empreendimento de multipropriedade. Posteriormente, o regulamento interno é alterado por assembleia, restringindo o direito de uso de terceiros e cessionários. Ana, que já tinha o direito de usufruir da unidade, tenta acessá-la, mas a administração impede seu ingresso, alegando a nova restrição. Com base na legislação do Código Civil e na jurisprudência aplicável, analise a situação e discuta se a restrição imposta pela nova regra é válida ou ilegal.

4. Considerando o disposto no artigo 1.358-I do Código Civil e a legislação relativa à multipropriedade, analise a validade da seguinte situação hipotética: 

João, multiproprietário de uma unidade em um empreendimento de multipropriedade, cede seu direito de uso a Pedro, mediante contrato de cessão previsto no regulamento interno. Posteriormente, a administração do empreendimento impede que Pedro utilize a unidade, alegando que ele não possui vínculo formal de proprietário. Com base na legislação vigente, avalie a legalidade da conduta da administração e os direitos de Pedro enquanto cessionário do direito de uso.

5. Carlos e Mariana, ambos residentes em São Paulo, adquiriram, em regime de multipropriedade, uma fração de tempo no resort EcoVila, localizado na cidade de Ubatuba, Estado de São Paulo. O contrato de multipropriedade lhes garante o direito de usar uma unidade do empreendimento durante o período de julho a dezembro, de forma fixa, a cada ano. No entanto, no ano seguinte à aquisição, devido a uma emergência familiar, Mariana precisa viajar ao exterior durante o período de uso da unidade, impossibilitando-a de usufruir do direito de uso naquele ano. Para não perderem o período, Carlos decide conceder a um amigo de confiança, Rafael, o direito de usar a unidade durante o período de julho a dezembro, mediante cessão de seus direitos, sem consultar a administração do empreendimento. Rafael, ao chegar ao resort, é impedido de entrar, sob a alegação de que apenas os proprietários podem usufruir da unidade, e que a cessão de direitos não é permitida pelo regulamento interno.
Com base no Código Civil brasileiro e na legislação específica sobre multipropriedade, analise a legalidade da conduta da administração do resort e a validade da cessão de direitos de uso por parte de Carlos a Rafael.

6. Imagine que Vítor, Paulo e Márcia, coproprietários de uma casa em condomínio pro indiviso, decidiram realizar uma reforma na residência. Márcia, agindo por conta própria, contrata uma empreiteira para a substituição do encanamento, pagando R$ 900,00 pelo serviço. Após a realização, a empreiteira busca o pagamento. Considerando o regime de copropriedade, quem pode ser cobrado pela empreiteira pelo serviço realizado? Justifique sua resposta.

7. Durante uma visita à casa compartilhada por Vítor, Paulo e Márcia, Márcia contrata uma sociedade empreiteira para realizar uma manutenção emergencial no telhado, sem consultar os demais coproprietários. Após a conclusão do serviço, a empreiteira busca o pagamento. Explique quem tem a obrigação de pagar pelo serviço e quais os deveres dos demais coproprietários perante essa obrigação.

8. Suponha que, após a realização do serviço de substituição do cano na casa em copropriedade, a empreiteira cobre o valor de R$ 900,00 de Márcia, que a contratou. Márcia, por sua vez, busca reaver esse valor de Vítor e Paulo, alegando que eles deveriam ter participado da contratação. Analise a responsabilidade perante a empreiteira pelo pagamento e a possibilidade de cobrança dos coproprietários de forma direta ou indireta.

Gabarito:

1. De acordo com o Código Civil Brasileiro, a multipropriedade imobiliária é regulada principalmente pelos arts. 1.358-B a 1.358-U, introduzidos pela Lei nº 13.777/2018. A cessão de fração de tempo em regime de multipropriedade, seja por meio de comodato, cessão ou sublocação, deve observar as disposições contratuais específicas, que costumam restringir ou regulamentar essas transferências de uso, visando garantir a segurança jurídica do negócio e a regularidade do regime.
No caso apresentado, houve a cessão do uso da fração de tempo a terceiros e o Código Civil permite essa cessão, desde que tenha sido dada por um dos multiproprietários e que ela não viole as regras estabelecidas no contrato de multipropriedade. Foi exatamente o que ocorreu.

2. A restrição imposta pela associação é ilegal, pois viola o princípio de liberdade de circulação e o direito de uso do bem pelo multiproprietário ou seu cessionário, garantidos pelo artigo 1.358-I do Código Civil. A legislação busca assegurar que cessionários de direitos de uso possam usufruir da unidade, desde que respeitadas as regras do empreendimento. A alegação de que o cessionário não é proprietário formal não tem respaldo legal para restringir seu direito de usufruir da unidade, especialmente quando essa cessão foi feita de acordo com o regulamento interno e o contrato. Assim, a administração não pode impedir o uso do bem por parte do cessionário.

3. A restrição imposta pela alteração do regulamento interno que impede o direito de uso de cessionários, como Ana, é ilegal, pois viola o disposto no artigo 1.358-I do Código Civil, que garante a liberdade de circulação e o direito de uso do bem. O direito de uso, uma vez cedido de acordo com o contrato ou regulamento interno vigente, não pode ser restringido por alterações posteriores que violem direitos adquiridos, salvo previsão expressa na legislação ou no próprio regulamento, respeitando o princípio da segurança jurídica. Portanto, a tentativa de impedir Ana de usufruir da unidade viola seus direitos e a legislação civil brasileira, sendo considerada inválida.

4. A conduta da administração é ilegal, pois viola o direito de circulação e uso do bem garantido ao multiproprietário e seus cessionários pelo artigo 1.358-I do Código Civil. A cessão de direitos de uso, desde que prevista no contrato ou regulamento interno, confere ao cessionário o direito de usufruir da unidade, independentemente de sua condição de proprietário formal. Assim, impedir Pedro de usufruir da unidade viola seus direitos e contraria a legislação civil brasileira, que busca garantir a liberdade de circulação e o direito de uso pelo multiproprietário ou seus cessionários.

5. A conduta da administração é ilegítima, pois a cessão de direitos de uso em regime de multipropriedade é prevista na legislação brasileira, especialmente no artigo 1.358-I do Código Civil, que autoriza a cessão de direitos, desde que observadas as regras do regulamento interno. Assim, Carlos tinha o direito de ceder temporariamente seus direitos de uso a Rafael, e o impedimento da entrada é ilegal, configurando restrição indevida à circulação do multiproprietário e seus cessionários.

6. A empreiteira pode cobrar a remuneração ajustada contratualmente apenas de Márcia, que a contratou em seu nome. Como ela agiu por conta própria, sem autorização dos demais coproprietários, a cobrança se dirige a ela. No entanto, Márcia, por sua vez, tem direito de regresso contra os demais condôminos, proporcionalmente às suas quotas, caso queira reaver os valores pagos, pois todos são responsáveis pela administração e manutenção da coisa comum.

7. Somente Márcia, que contratou a empreiteira em seu nome, é obrigada a pagar o valor cobrado. Os demais coproprietários, Vítor e Paulo, não foram consultados ou autorizaram a contratar, e, portanto, não têm obrigação direta de pagar. Contudo, Márcia possui direito de regresso contra eles, proporcionalmente às suas quotas, podendo exigir posteriormente a quitação do valor gasto.

8. A empreiteira pode cobrar diretamente de Márcia, que foi a contratante, pois ela agiu por conta própria e sem autorização dos demais coproprietários. Quanto a Vítor e Paulo, eles não têm obrigação direta de pagar à empreiteira, pois não participaram do contrato. No entanto, Márcia tem direito de regresso contra eles, proporcionalmente às suas quotas, para reaver o valor pago. Assim, a cobrança direta é de Márcia para a empreiteira, e os demais coproprietários podem ser acionados por ela posteriormente, em ação de regresso.