Na VI Jornada de Direito Civil, ocorrida entre os dias 11 e 12 de
março deste ano, ficou evidenciada a rejeição quanto às ideias de
institucionalização da poligamia.
Foram rejeitadas todas as
propostas de atribuição de efeitos de direito de família às uniões
paralelas ou simultâneas, ou seja, às uniões que uma pessoa casada ou
que viva em união estável mantém concomitantemente com o seu amante ou a
sua amante.
Argumentos supostamente baseados em amor, como se a
família brasileira não estivesse sujeita a normas legais, como se o
ordenamento jurídico não devesse colocar limites no comportamento
humano, como se a autonomia fosse absoluta nas relações familiares,
foram superados pelos fundamentos efetivamente jurídicos, com o
indispensável bom senso, na VI Jornada de Direito Civil.
Uma
relação paralela a um casamento ou uma união estável não tem efeitos de
direito de família, a essa união não podem ser atribuídos os direitos à
pensão alimentícia e à presunção do esforço comum nas aquisições
patrimoniais. Essa é a interpretação da VI Jornada de Direito Civil.
O
artigo 1.723, parágrafo 1º do Código Civil, que condiciona a existência
de união estável à exclusividade no núcleo, ou seja, que não admite a
união estável se um de seus partícipes mantiver, no plano jurídico e dos
fatos, comunhão de vidas no casamento com outra pessoa, ou união
estável com outrem, é constitucional e deve ser preservado nas decisões
judiciais. Essa é a interpretação da VI Jornada de Direito Civil.
As
relações concorrentes com casamento em que haja comunhão de vidas, isto
é, em que não ocorreu a separação de fato, são havidas como concubinato
e não como união estável, nos termos do artigo 1.727 do Código Civil.
Essa é a interpretação da VI Jornada de Direito Civil.
(...)
Leia a íntegra em: http://www.conjur.com.br/2013-mar-18/regina-silva-relacao-paralela-casamento-nao-direito-familia
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